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Desgourmetizando: a gastronomia raiz está mais forte do que nunca

Foto: Maria Maria Restaurante e Bar – Juiz de Fora MG

De uns tempos para cá todo tipo de alimento passou a ser gourmetizado na gastronomia como se isso fosse um atestado de qualidade em relação a um determinado prato. Para citar alguns exemplos temos: frango assado gourmet, arroz gourmet, feijão gourmet, salada gourmet, hambúrguer gourmet – comido com garfo e faca – e por aí vai. São comidas do nosso cardápio cotidiano que as vezes perdem a suas principais características – a essência, a naturalidade e a regionalidade.

A gastronomia boemia tradicional é um exemplo claro da força da culinária raiz que oferece pratos simples e saborosos, e uma variedade de petiscos genuínos que atraem cada vez mais apreciadores. No hipercentro de Belo Horizonte é comum encontrar pratos como: prato feito com couve, arroz, ovo e linguiça; feijão-tropeiro, com arroz, couve e bife à milanesa; caldo de mocotó; feijoada, etc. São práticos no preparo, autênticos e simplesmente deliciosos.

Nada contra quem queira gourmetizar, mas tudo a favor de quem queira simplificar. A gastronomia brasileira é rica, variada e tem suas origens derivadas da miscigenação de seu povo com influência de diversos países e a tipicidade de cada região. A cozinha mineira, por exemplo, é considerada uma das mais vastas e fartas, e além da gastronomia boemia como foi dito anteriormente, existem restaurantes espalhados pelo estado que fazem questão de destacar e exaltar essa riqueza de sabores.

Chegou a hora de buscarmos mais a valorização do sabor ao invés de ficarmos perdendo tempo tentando encontrar um nome nababesco – lembrando que sempre devemos prezar pela boa elaboração do prato com muito capricho e qualidade. Sei que os tempos e os temperos são outros e de que ninguém nunca vai conseguir superar aquela “comidinha” deliciosa da vovó ou da mamãe, mas quanto mais próximos conseguirmos chegar dela, mais proximidade teremos com nossa própria história.

Plusber | Lazer

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