Você deve ter visto que o Museu do Ipiranga está com data para ser reaberto em setembro de 2022, mas enquanto isso não acontece, tem uma opção ótima para você ir visitar.
Desde sábado (26/06) está aberto o mirante para o público acompanhar o progresso das obras e todo o processo de restauração e ampliação do edifício-monumento, além de ter acesso gratuito ao Observatório da Obra.
O espaço, que ocupa o mezanino do Parque da Independência, terá área externa dedicada a painéis com marcos da reforma e mirante para o canteiro de obras, e está aberto ao público com horário de funcionamento das 9 às 18 horas, de segunda a sexta-feira, sob agendamento prévio no site da Sympla. A entrada para o mirante deve ser feita exclusivamente pelo portão da Rua Xavier de Almeida.
O Observatório da Obra é um pavilhão de dois andares e 60m², e está instalado no local que oferece a melhor vista para o edifício do museu. No primeiro andar, coberto, TVs exibem os vídeos da série Diário da Obra, mostrando aos visitantes todos os avanços do projeto de recuperação do museu, desde o início até o estágio atual da obra.
Os visitantes têm uma visão privilegiada de toda a frente do canteiro de obras, conseguindo ver as ações de ampliação e construção da nova entrada do Museu do Ipiranga. A visita inclui, ainda, uma área externa dedicada a painéis que abordam os marcos da obra e todo o processo construtivo realizado.
História do Museu Ipiranga
O edifício histórico localizado no Parque da Independência, conhecido pelo nome de Museu do Ipiranga, tem como nome oficial Museu Paulista da Universidade de São Paulo. É uma instituição científica, cultural e educacional com atuação no campo da História e cujas atividades têm, como referência permanente, um acervo.
O conjunto articulado dessas atividades é a curadoria. Envolve a formação e ampliação de coleções (por intermédio de doações, aquisições ou coleta de campo), sua conservação física, seu estudo e documentação bem como a comunicação, seja do acervo, seja do conhecimento que ele permite gerar, através de exposições, cursos, programas educativos e publicações.
Como órgão da Universidade de São Paulo, a ela integrado desde 1963, exerce pesquisa, ensino e extensão. O Plano Diretor de 1990 definiu como área de especialidade institucional a História da Cultura Material. Neste campo, instituiu três linhas de pesquisa: Cotidiano e Sociedade; Universo do Trabalho; História do Imaginário, em função das quais têm sido ampliados e reorientados os acervos e as exposições do Museu.
O Museu Paulista da USP foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 como museu de História Natural e marco representativo da Independência, da História do Brasil e Paulista. Seu primeiro núcleo de acervo foi a coleção do Coronel Joaquim Sertório, que constituía um museu particular em São Paulo.
No período do Centenário da Independência, em 1922, foi reforçado o caráter histórico da instituição. Formaram-se novos acervos, com destaque para a História de São Paulo. Realizou-se a decoração interna do edifício, com pinturas e esculturas apresentando a História do Brasil no Saguão, Escadaria e Salão Nobre.
Foi instalado o Museu Republicano “Convenção de Itu”, extensão do Museu Paulista no interior do Estado.
Ao longo do tempo, houve uma série de transferências de acervos para diferentes instituições. A última delas foi em 1989, para o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. A partir daí, o Museu Paulista vem ampliando substancialmente seus acervos referentes ao período de 1850 a 1950 em São Paulo.
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