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O renascimento das guitarras na pandemia: o instrumento-símbolo do rock’n’roll está mais vivo do que nunca

Foto: br freepick

As fabricantes de guitarras elétricas bateram recordes de vendas durante a pandemia. Marcas como Fender, Gibson – que chegou a decretar falência em 2018 – e tantas outras empresas do ramo evidenciaram esse grande triunfo.

Para muitos seria um fim triste e cruel. Em 2017 o próprio Érick Clapton declarou: “Talvez tenhamos que aceitar que a guitarra acabou”. Durante a década anterior a venda de violões já havia desabado de forma assustadora, e as guitarras seguiam no mesmo ritmo de comercialização, então só restava aos amantes do rock’n’roll imaginarem uma lapide com os dizeres: aqui jaz uma guerreira.

Os instrumentos tradicionais já não eram muito interessantes diante da explosão de estilos musicas totalmente digitalizados e produzidos de forma cada vez mais eletrônica como é o caso do hip hop. Diante desse cenário seria só uma questão de tempo, e muito pouco tempo para que os solos não ecoassem mais por aí. Para surpresa de todos, veio essa quarentena avassaladora, mexendo, remexendo e transformando nossos hábitos e eis que de repente entra em cena novamente ela: a velha e boa guitarra com seus acordes – invadindo, sem pedir licença, todos os nossos sentidos.

O isolamento fez com que as pessoas buscassem por um hobby, ou seja, seria muito enfadonho ficar em casa sem ter o que fazer ou fazendo o que sempre fizeram, com isso, não só a busca por guitarras, mas também por violões teve um crescimento fantástico. Segundo a Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima), a ocupação do tempo dos brasileiros dedicando-se a alguma atividade musical subiu 15% durante a pandemia.

Os neurocientistas afirmam que estudar guitarra pode criar conexões no cérebro e reduzir o estresse. A rotina agitada do dia a dia seria atenuada pelos sons dessa velha e charmosa senhora criada em 1936 pela Gibson nos EUA. Então agora só nos resta comemorar, já que o renascimento da guitarra é a certeza de que o bom e velho rock’n’roll é resistente às mutações sonoras que surgem ao longo dos tempos e, teimoso como ele só, sempre existirá.

Plusber | Lazer

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