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Freira implora para exército não atirar em manifestantes, em Myanmar

Foto: Handout / AFP

A irmã Ann Roza Nu Tawng, de 45 anos, não se importou com a própria vida e ficou de joelhos entre manifestantes e militares do exército, além de implorar para que os militares não disparassem contra eles, a imagem que se espalhou pelo mundo na última segunda feira (8), retrata a manifestação de moradores que protestaram no dia 28 de fevereiro, em Myitkyina, no estado de Kachin.

Com lágrimas nos olhos ela implorava: ” Matem – me, eu não quero ver pessoas sendo mortas”.

A foto foi feita pelo “Myitkyina News Journal”, mas só se espalhou pelo mundo 7 dias depois do acontecido.

Em entrevista ao canal”Sky news”, Ann Roza explicou que estava indo ao trabalho em um clínica, quando durante o trajeto viu o grupo de manifestantes.

Conforme Ann os militares estavam espancando as pessoas e atirando na direção delas. Foi justamente neste momento que ela decidiu reagir e se por em frente deles.

“Eles abriram fogoe  começaram a bater nos protestantes. Eu fiquei chocada em pensei: “Hoje é o dia para morrer”. Eu decidi morrer. Eu chorava como uma louca. Eu era como uma mãe galinha a proteger os pintinhos”, afirmou ela.

O motivo da manifestação é uma exigência do povo, para que o exército libere presos, permita o retorno a democracia e reconheça o resultado das eleições de novembro de 2020, onde a Liga Nacional para a Democracia foi vencedora.

Quase 54 pessoas, onde 5 são menores, morreram e outras centenas ficaram duramente feridas nas manifestações contra o golpe de 1º de Fevereiro em Myanmar.

Plusber | Mundo

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